Os Seguidores de Taylor – Horace K. Hathaway

INTRODUÇÃO:

TAYLOR teve seguidores, geralmente engenheiros,  que foram muito importantes para expandir e implantar a Administração Científica. Alguns deles ganharam notoriedade e outros, menos famosos, também deixaram sua grande parcela de contribuição.

HORACE KING HATHAWAY (1878–1944):

Foi engenheiro americano e um dos participantes da Administração Científica.

Atuou como consultor e foi professor da HARVARD BUSINESS SCHOOL, do MIT – MASSACHUSETTS INSTITUTE OF TECHNOLOGY, da WHARTON SCHOOL e da STANFORD UNIVERSITY. De 1894 a 1896 foi aprendiz chefe na MIDVALE STEEL COMPANY, em 1902 foi superintendente da PAYNE ENGINE COMPANY e, em 1904 foi assistente de FREDERICK TAYLOR e CARL BARTH na LINK-BELT COMPANY.  Com CARL BARTH trabalhou na TABOR MANUFACTURING COMPANY (Filadélfia) entre 1905 e 1910.

HATHAWAY aprendeu GESTÃO CIENTÍFICA enquanto esteve na MIDVALE STEEL o que criou sua grande dedicação em relação a FREDERICK TAYLOR (que ficou bem clara e evidente em todos os seus escritos).

Suas propostas foram relevantes para a prática e o pensamento contábil do gerenciamento administrativo. HATHAWAY deu importância ao tratamento sobre os problemas de custos de produtos e a literatura contábil e gerencial traz inúmeras menções às suas contribuições. Entretanto, mesmo com o grande valor das suas realizações ele é um personagem relativamente desconhecido entre os TAYLORISTAS.

O que pode apoiar a explicação sobre a falta de reconhecimento foi sua resistência em receber os créditos em relação às suas ideias e aos seus trabalhos. E, apesar do pouco reconhecimento por parte dos historiadores da Administração, TAYLOR o descreve como “o melhor homem” no movimento de GESTÃO CIENTÍFICA.

O TRABALHO DE HATHAWAY:

Seu trabalho excedia aspectos relativos à engenharia. O seu foco era na apreciação e compreensão da função contábil, alocação de custos e implicações sobre a lucratividade do produto (sua abordagem destaca o custeio de produtos). Tradicionalmente a medição da rentabilidade do produto era um cálculo muito simples. Os custos eram facilmente rastreáveis ​​até a produção por que as empresas produziam uma variedade pequena de bens. Mas, desde o fim do Século XIX a importância dos custos cresceu indo além de um cálculo da matéria prima e do trabalho direto.

No início dos anos 1900, os gerentes de contabilidade alocavam todos os custos aos produtos. 

À medida que a produção e a distribuição se tornavam mais sofisticadas, a incidência e o peso dos custos não relacionados à produção aumentaram. Esse desenvolvimento e a produção de produtos variados levaram à prática de alocar todos os custos aos produtos (custos primários, despesas gerais da fábrica, despesas de vendas e encargos administrativos – CUSTEIO TOTAL).

O CUSTEIO TOTAL é item fundamental para a determinação de lucro líquido. Para os contadores foi necessário desenvolver métodos de distribuição dos custos de maneira equitativa que haviam escapado da alocação. Portanto, a falta de um controle correto favoreceriam políticas e práticas inadequadas.

Depois de 1910, a prática de distribuir os custos totais foi modificada: os custos de fabricação variavam diretamente com a produção. Assim, um nível baixo de produção representava altos custos unitários do produto e um nível alto de produção representava custos unitários menores do produto.  Em 1912, HATHAWAY elaborou procedimentos contábeis, na década de 1920 escreveu sobre controle de estoque, adequações da contabilidade de serviços públicos e durante a Grande Depressão na década de 1930 teve grande interesse pela contabilidade e pela necessidade de melhorar a gestão industrial americana: preparação e uso de demonstrações financeiras, controle orçamentário, controle interno, auditoria interna e a distribuição de despesas de vendas e despesas administrativas.

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